Egressos do Campus Amajari são aprovados em vestibulares

por Bruna Dionísio Castelo Branco publicado 27/02/2018 20h20, última modificação 27/02/2018 20h46
Com cerca de 40% de aprovação, egressos do CAM comemoram resultado de vestibulares. O maior número ocorreu em instituições públicas

Conseguir fazer um curso superior é o grande sonho de todo estudante que sai do ensino médio.  Durante toda a vida estudantil, o vestibular é tido com o grande divisor de águas na vida de quem pretende disputar um lugar no mercado de trabalho. Vinte e três egressos de 2017 do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR) conseguiram a tão sonhada aprovação no vestibular, o equivalente a 42% dos formados.

Para Esther Morais, moradora da Comunidade de Bom Jesus, localizada a 50 km do CAM, e aprovada em segundo lugar no curso de Zootecnia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), por meio do Processo Seletivo Seriado (vestibular por etapas), o caminho da aprovação só foi possível graças à preparação recebida no IFRR. A escolha do curso também sofreu influência do CAM, em virtude das atividades realizadas pela ex-aluna em sua trajetória como estudante do curso Técnico em Agropecuária (integrado ao ensino médio). “Receber a notícia da aprovação foi muito emocionante, pois eu não esperava passar. Meus pais ficaram muito felizes, pois sempre incentivaram todos os filhos a estudar. Agora é focar na faculdade, me preparar para as mudanças de morar em outra cidade... Estou muito feliz”, disse. Segundo Esther, a importância do IFRR para sua conquista foi fundamental. “Os professores sempre apoiaram: faziam grupos de estudo, colaboravam, aconselhavam, ofereciam aulas de reforço. É por essa razão que eu e meus colegas conseguimos passar no vestibular”, conta.

Outro aprovado no Processo Seletivo Seriado da Universidade Federal de Roraima para o curso de Engenharia Elétrica, John Haknen, conta já ter tido uma experiência negativa em outro vestibular. O baque o fez preparar-se mais a fim de buscar aprovação. John obteve o 4.º lugar na classificação geral e é o primeiro universitário da família. “Eu penso que, se tivesse estudando em outra escola pública, não teria as mesmas chances ou capacidade de passar no vestibular, pois o IFRR sempre foi incentivador: os professores contavam suas experiências em sala de aula, o laboratório de informática ficou disponível para as inscrições e, principalmente, os grupos de estudo foram determinantes para a aprovação”, declarou.

Thaynar Araújo de Souza obteve aprovação em três instituições públicas. A estudante, que poderia escolher entre permanecer no IFRR e cursar Tecnologia em Aquicultura, para o qual foi classificada em 6.º lugar, ou ir para a Universidade Federal de Roraima, onde foi aprovada em 4.º lugar para o curso de Bacharelado em Zootecnia, decidiu optar pelo curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Roraima, no qual foi classificada em 5.º lugar.

Ela revela que não imaginou a aprovação, pois observava que muitas pessoas, para conseguir o êxito, precisavam realizar um curso pré-vestibular: “Eu só contava com os conhecimentos que adquiri na sala de aula, pois passava o dia inteiro no CAM e chegava em casa muito cansada para continuar estudando”, conta ela, que agradece o otimismo do pai, Antônio dos Santos, servidor do CAM, que a fez perceber a excelência do Campus Amajari no quesito ensino e que repetiu que ela seria capaz de competir de igual para igual com qualquer candidato ao vestibular.  “Na reta final, pude contar com apoio das professoras de Língua Portuguesa, que nos convidaram [a mim e minhas colegas] a participar de um projeto para discutir as obras literárias exigidas para a prova da UFRR. Só posso agradecer a todos os professores maravilhosos que me incentivaram e, claro, à qualidade do ensino oferecido pelo IFRR”, concluiu.

Para o diretor-geral do CAM, professor George Sterfson, pela primeira vez houve um número expressivo de aprovados. “Isso mostra que o Campus Amajari está no caminho certo no que diz respeito à qualidade do ensino oferecido aos alunos e principalmente à questão social, pois os mais humildes agora podem ter acesso ao ensino superior público”, ressaltou o professor, que se diz otimista também em relação aos resultados no fim de 2018.

 

 

Bruna  Castelo Branco
CCS/Campus Amajari
27/2/2018

 

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