Rodas de conversa abordam relação entre as escolas e as famílias na pandemia

por Virginia publicado 01/10/2020 21h07, última modificação 01/10/2020 21h07
O projeto teve início no último dia 29 de setembro, e os próximos encontros virtuais ocorrerão a cada três semanas, até o mês de dezembro.

A relação entre a escola e as famílias dos alunos nem sempre muito amistosa em tempos de ensino presencial, e tem ficado bastante estremecida no período da pandemia, diante das incertezas relacionadas à continuação do ano letivo e de outros fatores que influenciam a comunidade escolar. Pensando nessa problemática, professores da área de psicologia desenvolveram o projeto interinstitucional “Rodas de Conversa SOBRE-VIVÊNCIAS – Escola e famílias na pandemia”.

O projeto teve início no último dia 29 de setembro, e os próximos encontros virtuais ocorrerão a cada três semanas, até o mês de dezembro. Trata-se de um projeto idealizado pelo professor doutor Marcelo Naputano, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), e pela professora doutora do Campus Boa Vista (CBV) Alexandra Marçulo.  

De acordo com a diretora do Departamento de Ensino Técnico das Áreas de Gestão e Saúde (Deges), professora Rosimeri Rodrigues Barroso, alinhado às estratégias das diretorias de ensino técnico, o projeto prevê a aproximação das famílias dos alunos do ensino médio neste momento atípico. “O projeto permitirá aos pais de alunos, em parceria com a instituição, uma forma de diálogo sobre suas angústias e também aprendizados e, talvez, até uma forma de compreender os impactos causados pela pandemia em nossas famílias”, disse.

Já o professor Marcelo Naputano explica que o projeto tem como objetivo criar um espaço de ação da psicologia em âmbito preventivo, com foco na construção da saúde psíquica, além de facilitar relações sociais e interpessoais por meio do compartilhamento de vivências. “Dessa forma, oportunizaremos maiores condições de compreensão do que vem a ser a saúde psíquica”, declarou.

A professora Alexandra Marçulo destaca a importância dessa articulação que irá promover a proximidade entre a família e a escola, no sentido de unir forças, alinhar as expectativas, por meio de um diálogo aberto e franco. “Acreditamos que ambos os atores (pais e escola) devem oferecer aos adolescentes boas condições de desenvolvimento e aprendizagem, bem como contribuir para a potencialização de suas capacidades, amadurecimento e autonomia neste momento tão atípico. Nosso maior propósito é engajar os pais na vida escolar dos filhos adolescentes, por meio dessas ações institucionais e ajudá-los a encontrar as melhores estratégias para a minimização dos problemas relacionados aos comportamentos que comprometem sua evolução acadêmica no momento de pandemia e pela inserção de um ensino mediado por tecnologias”, comentou.

 

Virginia Albuquerque

CCS/Campus Boa Vista

01/10/2020