Cartilha apresenta Cultura Maker no Campus Boa Vista Zona Oeste do IFRR

Aliar tecnologia e criatividade em locais que utilizam metodologias ativas com foco na inovação, isso é o que têm feito profissionais e estudantes do Instituto Federal de Roraima (IFRR) que atuam nos chamados Espaços Makers dos Campi Novo Paraíso (CNP) e Boa Vista Zona Oeste (CBVZO). Para falar sobre essa iniciativa, foi lançada a cartilha "Zona maker: conhecendo a cultura do 'faça você mesmo' e as possibilidades da fabricação digital".

O material foi produzido pelo estudante Marcelo José Carvalho, do curso superior de Tecnologia em Gestão Pública do CBVZO, com a orientação do professor da unidade Rômulo do Nascimento Pereira. A publicação é resultado do projeto de pesquisa “Zona de inovação: um estudo sobre a implantação e atuação de fabricação digital em Boa Vista/RR”, realizado com o apoio do CNPq e do IFRR, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).

Conforme o estudante, o interesse pelo tema vem desde a adolescência, quando acompanhava pela internet publicações do universo dos animes e dos jogos. “Recentemente, eu vi alguns vídeos de objetos impressos em 3D, porém, até eu participar do projeto de pesquisa, não sabia de que isso se tratava da Cultura Maker. Escolhemos criar uma cartilha pelo fato de ser algo simples, prático e que desperta o interesse. Eu espero que todos que irão ler a cartilha queiram conhecer mais, além do que é mostrado nela, e espero também estimular a criatividade de outras pessoas”, contou.

A proposta da cartilha é falar da Cultura Maker para a comunidade de Boa Vista e das demais localidades do Estado de Roraima, apresentando o funcionamento do laboratório de impressão digital do CBVZO, que, desde 2021, tem buscado atender às demandas da comunidade interna e auxiliar o público externo, tornando mais rico o cenário de inovação roraimense.

No material, os leitores poderão se informar como o laboratório se organiza, as atividades desenvolvidas nele e os equipamentos mais utilizados. Há também informações sobre os laboratórios de fabricação (FabLabs) no Brasil e na Rede Federal, a Cultura Maker nas escolas e ainda recomendações de cursos na área para interessados.

O professor Rômulo do Nascimento esclarece que esse é um tema novo e necessário às escolas de modo geral, mas também aos campos da inovação e do empreendedorismo, que necessitam estar conectados a espaços criativos e tecnológicos. “Até o desenvolvimento e a publicação da cartilha, foi necessário nos apropriarmos melhor do tema e das dificuldades da comunidade local. Para isso, aplicamos um questionário aos professores do CBVZO e acompanhamos o processo de instalação do laboratório. Para funcionar de fato um espaço maker, precisa haver demandas de pessoas dispostas a aprender em conjunto, de forma prática, e tendo a tecnologia como aliada. Essa cartilha busca fazer essa ponte, apresentar o laboratório à comunidade do IFRR e de Roraima, convidando  todos a participar, a conhecer e a colocar a mão na massa para expandir nossos horizontes pessoais e profissionais”, declarou.

A cartilha completa está disponível no link https://www.ifrr.edu.br/campi/zona-oeste/pesquisa-e-inovacao/ZONA_MAKER_cartilha_reva7b51b2c3b094738ac5a2cff6ce91ebb.pdf.