Campus Amajari caminha para oferta de Engenharia de Pesca, diz diretor
Com quase sete anos de implantado no norte do estado, o Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR) oferece três cursos técnicos e um superior e, conforme o diretor-geral, George Sterfson Barros, caminha para que consiga oferecer mais um superior. Desta vez, o de Engenharia de Pesca.
A informação foi prestada durante a Aula Magna, em 19 de abril, para a segunda turma do superior de Tecnologia em Aquicultura, que entrou no semestre 2017.1. O CAM oferece o curso Técnico em Aquicultura desde 2014 e vai formar a primeira turma em maio deste ano.
Seguindo as metas de verticalização do ensino das escolas técnicas, o diretor afirmou que, em longo prazo, o campus pensa em ofertar a graduação em Engenharia de Pesca, que é mais ampla, que vai desde a produção em organismos aquáticos até o manejo de recursos pesqueiros naturais (que são os peixes dos rios).
“Para a cadeia produtiva da piscicultura, essa verticalização é importante, primeiro por preparar mais profissionais para atuarem nas empresas que trabalham com a produção de peixe e, segundo, por nos dar condições de contribuir para o desenvolvimento das comunidades de onde vêm nossos alunos”, afirmou Sterfson.
A piscicultura no país obteve pequeno crescimento em 2016, apesar de todo o cenário econômico ruim que o Brasil vem enfrentando. Foram produzidas 640.510 toneladas de peixe ano passado contra 638.000 toneladas em 2015. Os dados são da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR).
Entre as regiões, o Norte é que lidera o ranking de produção de peixes cultivados, sendo que Rondônia contribui decisivamente para essa liderança. Em 2016, foram produzidos 158.900 toneladas, um crescimento de 4,81% em relação ao ano anterior. As regiões Sul e Centro Oeste ocupam a segunda e a terceira colocações.
De olho nesse crescimento do setor e no alto potencial de produção que o Amajari tem, o diretor-geral explica que a unidade de ensino já vinha pensando em como atender a essa demanda dos produtores. Com propriedades produzindo em larga escala, em 2013 foi solicitada autorização de funcionamento para a formação de técnicos em aquicultura. “Os produtores precisavam de mão de obra capacitada, e nisso nós poderíamos contribuir”, disse Barros.
Confira o desempenho da piscicultura brasileira em 2016
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578.800T |
638.000T |
640.510T |
0,39% |
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2014 |
2015 |
2016 |
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NORTE |
123.500 |
151.600 |
158.900 |
4,81% |
Rondônia |
40.000 |
65.000 |
74.750 |
15% |
Acre |
5.000 |
6.000 |
7.020 |
17% |
Amazonas |
23.000 |
25.000 |
27.500 |
10% |
Roraima |
20.000 |
21.000 |
14.700 |
-30% |
Pará |
15.000 |
18.000 |
19.080 |
6% |
Amapá |
500 |
600 |
650 |
8,33% |
Tocantins |
20.000 |
16.000 |
15.200 |
-5% |
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NORDESTE |
113.500 |
116.600 |
104.680 |
-10,22% |
Maranhão |
20.000 |
23.000 |
24.150 |
4,88% |
Piauí |
13.000 |
16.000 |
17.000 |
6,25% |
Ceara |
33.000 |
28.000 |
12.000 |
-57,14% |
Rio Grande do Norte |
3.000 |
3.300 |
2.500 |
-24,24% |
Paraíba |
1.000 |
1.100 |
2.500 |
127,27% |
Pernambuco |
10.000 |
11.000 |
12.100 |
10,00% |
Alagoas |
2.500 |
2.700 |
2.830 |
4,80% |
Sergipe |
6.000 |
6.500 |
6.100 |
-6,15% |
Bahia |
25.000 |
25.000 |
25.500 |
2,00% |
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|
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|
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SUDESTE |
90.000 |
101.500 |
103.830 |
2,29% |
Minas Gerais |
25.000 |
25.000 |
23.000 |
-8,00% |
Espirito Santo |
11.000 |
12.000 |
10.800 |
-10,00% |
Rio de Janeiro |
4.000 |
4.500 |
4.630 |
2,88% |
São Paulo |
50.000 |
60.000 |
65.400 |
9,00% |
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|
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|
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SUL |
123.000 |
134.800 |
152.430 |
13,00% |
Paraná |
75.000 |
80.000 |
93.600 |
17,00% |
Santa Catarina |
30.000 |
35.300 |
38.830 |
10,00% |
Rio Grande do Sul |
18.000 |
19.500 |
20.000 |
2,56% |
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CENTRO-OESTE |
128.800 |
133.500 |
120.670 |
-9,61% |
Mato Grosso do Sul |
20.000 |
23.000 |
24.150 |
5,00% |
Mato Grosso |
75.000 |
74.000 |
59.900 |
-19,00% |
Goiás |
33.000 |
34.000 |
34.000 |
0,00% |
Distrito Federal |
800 |
2.500 |
2.620 |
4,8% |
Fonte: Peixe BR