Campus Amajari, norte de Roraima, forma primeiros técnicos em Aquicultura nesta sexta-feira, 5
Os formandos são de duas turmas (114 e 116) do Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio; de duas na modalidade subsequente (109 e 110); e da primeira turma subsequente do Técnico em Aquicultura (118). Participam da formatura, a reitora do IFRR, Sandra Mara Dias Botelho, o diretor-geral do CAM, George Sterfson Barros, servidores da unidade, familiares e amigos.
Entre os alunos que recebem o diploma estão Gilberto Beato, que será o primeiro técnico em agropecuária surdo formado pelo CAM, e os quatro indígenas da etnia ingaricó: Marino Sales Soares, da Comunidade Manalai; Civaldo Arceno Rafael, de Mapaé; Civildo Alfredo Messias, da Serra do Sol; e Lêvi Souza Semeão, de Kumaipá. Essas localidades são do Município do Uiramutã, na Terra Indígena Raposa-Serra do Sol.
Para o diretor-geral do CAM, George Sterfson Barros, a primeira formatura de 2017 tem um sentimento especial para a escola no que se refere à inclusão. “Quando recebemos o Gilberto, ainda não tínhamos intérprete de Libras e tivemos que contratar um profissional para dar essa assistência. Isso nos deu experiência, e hoje, se formos receber um aluno surdo, seria diferente, porque temos dois profissionais da área”, disse.
A conquista do CAM, com a formatura dos quatro ingaricós, começou em 2013, durante uma assembleia do Conselho do Povo Indígena Ingarikó (Coping), quando surgiu a demanda por cursos profissionalizantes dentro da região, que é de difícil acesso. Por questões de infraestrutura e logística inviabilizarem a implementação, Sterfson disse que o IFRR garantiu, como medida emergencial, quatro vagas para os ingaricós, incluindo alimentação e alojamento durante todo o curso. “O grande diferencial nesse processo foi a indicação dos participantes pela própria comunidade”, relatou.
OPORTUNIDADE – Agora, os novos técnicos estão preparados para alçar novos voos, como é o caso de Gleicileide de Oliveira, moradora da sede do Amajari, que é técnica em agricultura pela primeira turma do CAM e hoje recebe o diploma como técnica em agropecuária. “Agora pretendo fazer o próximo vestibular em Aquicultura”, disse.
ALTERNÂNCIA – Está programada para a próxima semana, dia 13 de maio, na comunidade indígena do Taiano, a colação de grau dos alunos da alternância (turma 115), que moram nas regiões do Município de Alto Alegre. Estima-se que são 22 discentes do Taiano, da Barata, da Anta, do Pium e do Boqueirão.
Rebeca Lopes
CCS/CAM
05/05/17