Campus Amajari realiza primeiro curso de Libras

por Rebeca publicado 06/04/2017 21h40, última modificação 07/04/2017 12h03
Trinta e nove discentes participam do primeiro curso de Libras Básico I do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR), organizado pelo Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne). Com lista de espera, o curso de 40 horas vai ocorrer às quartas e às quintas-feiras.

Trinta e nove discentes participam do primeiro curso de Libras Básico I do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR), organizado pelo Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne). Com lista de espera, o curso de 40 horas vai ocorrer às quartas e às quintas-feiras.

As aulas vão de 5 de abril a 22 de junho, com os intérpretes de Libras do CAM, Francisco do Nascimento Moura e José Gabriel Ribeiro Figueiredo, que são os instrutores. Eles explicam que o objetivo é proporcionar condições básicas de aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais, efetivando a comunicação surdo x ouvintes, bem como promover o processo de inclusão e contribuir para construção de uma escola e sociedade inclusivas.

Com sete anos de funcionamento, o Campus Amajari conta hoje com mais de 400 alunos nos cursos técnicos presenciais, incluindo as duas turmas do superior de Tecnologia em Aquicultura. O programa é voltado aos alunos que não estão em estágio ou dependência em alguma matéria. A maioria da turma é do 1.º ano.

Conforme os instrutores, a primeira turma é voltada aos alunos do 1.º ano para ajudá-los, nos próximos três anos, período em que vão permanecer na escola, a comunicar-se com as pessoas que têm deficiência auditiva. “Mas a nossa intensão é que, no segundo semestre deste ano, o curso seja estendido aos servidores, principalmente aos dos setores que trabalham diretamente com o aluno”, explicaram.

Para garantir melhor aprendizado, a metodologia vai se concentrar em aulas práticas e muita dinâmica, levando o aluno a sair da zona de conforto e expressar-se na Língua Brasileira de Sinais. Outras ações agendadas pelo Napne para o curso estão relacionadas às datas comemorativas, como 19 de abril, Dia do Índio, e 23 de abril, Dia Nacional da Educação de Surdos.

SINAIS – A criação de sinais em Libras surgiu para facilitar a comunicação, principalmente quando tem termos técnicos, ou para identificar as pessoas. Para a criação de sinais dos alunos, dos cursos, dos professores e dos gestores do CAM, o presidente da Associação dos Surdos de Roraima, Fábio Thiago Maia Silva, esteve no campus a convite da Comissão de Acessibilidade local.  

“Na Libras, cada pessoa possui um sinal que representa seu nome, baseado em características individuais. Por esse motivo, o Fábio veio criar um sinal que representa a pessoa, em vez de fazer a datilologia”, disse Gabriel, ressaltando que somente um surdo pode criar sinais.

 

 

Rebeca Lopes

CCS/Campus Amajari

6/4/17 

CGP