Professores moçambicanos participam de atividades no Campus Amajari

por Rebeca publicado 18/10/2017 14h25, última modificação 18/10/2017 15h20
Dois professores moçambicanos, Rassul José Essimela, 30, e Jaime Feijão Maunde, 28, participantes do Programa de Formação de Formadores de Moçambique em Ciências Agrárias, chegaram, nesta segunda-feira, dia 16, ao Campus Amajari, norte de Roraima, para cumprir extensa agenda de atividades até o dia 1.º de novembro.

Dois professores moçambicanos, Rassul José Essimela, 30, e Jaime Feijão Maunde, 28, participantes do Programa de Formação de Formadores de Moçambique em Ciências Agrárias, chegaram, nesta segunda-feira, dia 16, ao Campus Amajari, norte de Roraima, para cumprir extensa agenda de atividades até o dia 1.º de novembro.

O programa visa capacitar os formadores moçambicanos das instituições agrárias com conhecimentos e habilidades em ciências agrárias, para que respondam de forma eficaz às exigências dos currículos e possam fazer uso integral, nas suas instituições, dos equipamentos, das técnicas e das metodologias inovadoras para as quais foram capacitados, além de atuarem como difusores de todo o conteúdo assimilado.

A primeira atividade foi conhecerem um pouco da cultura indígena ao participarem da abertura dos V Jogos Interculturais das Escolas do Amajari, na Comunidade da Mangueira, que ocorrem de 16 a 20 de outubro. Os visitantes foram recepcionados pelo diretor-geral do CAM, George Sterfson Barros, que fez uma apresentação do que é e de como funciona o campus.

Os professores realizaram uma visita técnica, nesta terça-feira, dia 17, na parte da manhã, aos projetos de assentamento do Trairão e de Bom Jesus. À tarde, estiveram na Fazenda São Pedro, do produtor Rodolfo Pereira, para conhecer a infraestrutura de criação, o manejo empregado durante o cultivo e as instalações de apoio à atividade de criação de peixes.

Nesta quarta, 18, acompanham professores do curso Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio no regime de alternância, que desenvolvem as atividades do tempo-comunidade no Contão, Terra Indígena da Raposa-Serra do Sol. A turma é exclusiva para atendimento de alunos indígenas das comunidades do entorno  do Contão.

Sterfson destacou a importância que o intercâmbio traz ao campus e aos moçambicanos. “Ao mesmo tempo em que têm conhecimento das nossas práticas em agronomia, irrigação, parte animal, vegetal, para levar ao seu país, eles também visitam propriedades rurais, conversam com os produtores e fazem uma comparação com as que são desenvolvidas lá. Com certeza, vão levar muita coisa boa para desenvolver e, por outro lado, nos repassar um pouco do que desenvolvem lá”, comentou.

Natural da província de Nampula, distante 2.250 km da capital, Maputo (Moçambique), Rassul, recém-graduado em Engenharia Agrícola, explicou que o Ministério de Ciências e Tecnologia de Moçambique firmou cooperação técnica com os institutos federais para que mandassem professores ao Brasil, no sentido de adquirirem conhecimentos tecnológicos na área agrícola e transmitirem quando do retorno.

As expectativas do intercâmbio são as melhores possíveis. “Notamos, ainda no primeiro dia, só de olhar a área do campus, que muita coisa se está fazendo e esperamos conhecer muitas coisas boas com relação a equipamentos e técnicas agrícolas aplicadas”, disse Rassul, destacando o sistema de aquaponia.

Natural da província de Gaza, distante 250 km de Maputo, Jaime Feijão se formou, no ano passado, em Engenharia Hidráulica Agrícola. Para ele, estar no Brasil participando da formação é uma grande oportunidade profissional. “No retorno, vamos replicar o conhecimento adquirido, e minha expectativa aqui é aprender bastante sobre maquinários agrícolas”, comentou.

HISTÓRICO – Os professores moçambicanos chegaram dia 25 de setembro a Roraima e vão passar 46 dias conhecendo as unidades do IFRR. Eles já conheceram, no primeiro dia, a Reitoria e depois o Campus Novo Paraíso (CNP), onde permaneceram até a última sexta-feira, 13 de outubro. Lá desenvolveram atividades relacionadas à Entomologia, à Ecologia, à Agroecologia, à Fruticultura, à Apicultura e à Olericultura.

De acordo com o diretor do Departamento Técnico (Detec-CAM), Patrício Ferreira, durante três semanas os professores vão ficar no Campus Amajari participando de atividades de ensino, pesquisa e extensão. “As visitas técnicas e as atividades vão servir para capacitar nossos visitantes, para que, assim, possam aplicar os conhecimentos adquiridos no país de origem”, comentou.

Para a visita de 17 dias no CAM, os moçambicanos terão apoio da equipe técnica e de docentes nas diversas atividades. Na programação, estão previstas visitas a propriedades rurais nas áreas agrícola e de piscicultura, incluindo arroz irrigado, soja e hortaliças, bem como conhecer polos de Educação a Distância.

 

 

Rebeca Lopes
CCS/Campus Amajari
17/10/17

CGP