Técnicos da estação de Balbina visitam IFRR no Amajari
O engenheiro de pesca Roñan Alves de Freitas e a bióloga Antônia da Silva Hipy, do Centro de Tecnologia, Treinamento e Produção em Aquicultura (CTTPA), na estação de Balbina, que é referência na reprodução de espécies da Região Amazônia, visitaram, na semana passada, o Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima.
Convidados para as atividades dos cursos técnico e superior em Aquicultura, a bióloga, responsável pela qualidade e sanidade da água da estação, conduziu a oficina de beneficiamento de peixe para 55 alunos. O engenheiro, outro convidado, palestrou sobre a propagação artificial em peixes na estação de piscicultura de Balbina. Os dois participaram da aula magna da segunda turma do superior.
Discentes do campus já fizeram três visitas técnicas à estação. Como profissional que atua na parte de reprodução de peixes, Roñam comenta que essa troca de experiência é importante, principalmente para fortalecer a piscicultura da Região Norte. “Temos muitas informações a serem repassadas, mas também muitas para serem recebidas”, afirmou.
O engenheiro destaca que o intercâmbio é importante para que os alunos transformem as aulas teóricas em prática, bem como estreitar relações entre as duas instituições, por meio de parceria. Ele se colocou à disposição da escola para auxiliar no que for preciso para a implantação do laboratório de propagação artificial de peixe.
A estação de Balbina, conforme Ronãm, recebe pessoas de vários cantos do Brasil, e virou referência na reprodução das espécies da Região Amazônica. A produção de alevinos atende a Presidente Figueiredo, comunidades e municípios mais próximos da estação.
Para atender aos municípios mais distantes, a equipe faz a doação às UPAs (Unidades de Produção de Alevinos) na fase de pós-larvas (com cinco dias de nascidos). O método permite transporte em pouco volume (sacos) e maior quantidade doada. “Essa foi a grande sacada para conseguir aumentar produção no Estado do Amazonas”, explicou o engenheiro.
A bióloga Antônia também destaca que as visitas dos alunos permitem fixar o que aprendem na sala de aula. “Eles levam a teoria e, quando chegam lá, praticam, o que ajuda a fixar mais o que aprenderam na sala de aula, pois vão para o laboratório, fazem análises, veem a qualidade da água”, comentou.
Sobre a oficina de beneficiamento, a bióloga reforça que o curso é dado por demanda que chega à estação e que a intenção é que os alunos se tornem multiplicadores da técnica, agregando valor ao produto.
PARCERIA – De acordo com o diretor-geral do CAM, George Sterfson Barros, que esteve na última visita a Balbina acompanhando os alunos, em abril deste ano, ele conversou com o secretário de Produção Rural do Amazonas, Hamilton Casara, e, em breve, vai enviar proposta de convênio para que a parceria seja oficializada. “A estação é referência nacional na propagação artificial de peixes naturais e queremos oficializar essa parceria, que já vem acontecendo e que contribui para a formação dos nossos alunos”, disse.
Rebeca Lopes
Fotos e textos: CCS/CAM
26/4/17