Com 36,18% dos votos, Joseane Cortez é reeleita para a Direção-Geral do maior campus do IFRR
Com uma votação expressiva de 36,18%, a professora Joseane de Souza Cortez foi reeleita para a Direção-Geral do Campus Boa Vista (CBV), o maior do Instituto Federal de Roraima (IFRR). A votação ocorreu nos dias 26 e 27 de agosto, período em que também foram eleitos os dirigentes dos Campi Novo Paraíso (CNP), Amajari (CAM), Boa Vista Zona Oeste (CBVZO) e a nova reitora do IFRR, a professora do CBV Nilra Jane Filgueira Bezerra.
Um dos desafios enfrentados pela Comissão Eleitoral Central foi conciliar a realização do processo de escolha dos dirigentes com a necessidade de manter o isolamento social. Sendo assim, a campanha dos candidatos, os debates, a votação, todos foram realizados de forma on-line. Joseane destaca o compromisso e a responsabilidade com que a comissão, com o apoio das Comissões Eleitorais Locais, conduziu o processo eleitoral. “Embora sejam comuns questionamentos diante de um pleito, considero que o processo se deu com bastante lisura e responsabilidade por parte da comissão central e das comissões setoriais. Expresso meus agradecimentos a todos os servidores que não mediram esforços para garantir essa tranquilidade e esse momento democrático de troca de conhecimento e aprendizado. O ineditismo da escolha se deu pelo fato de ser totalmente virtual. Novos desafios foram impostos aos candidatos. No meu caso, em particular, tive que me reinventar diante dos desafios de comunicação e tecnologia para poder apresentar a proposta de minha candidatura, que se pautou na continuidade do fazer da gestão, numa perspectiva de consolidação”, disse.
A comunidade acadêmica focou os planos de trabalho de cada candidato para poder decidir seu voto, pois desta vez não foi possível o famoso “corpo a corpo” das campanhas anteriores. Com o slogan “Experiência para fazer e confiança para continuar”, a candidata eleita pautou seu plano de ação no estreitamento das relações da comunidade acadêmica, para o desenvolvimento social e uma efetiva construção crítica da cidadania, tendo como foco os seguintes princípios: planejamento institucional; gestão transparente, democrática e participativa; eficiência gerencial; foco no interesse institucional; qualificação e valorização dos servidores; e fortalecimento do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação.
“Diante deste panorama da pandemia, muitos desafios se impõem e certamente, mesmo com a clareza do que buscamos, faz-se necessária uma profunda ressignificação do fazer na instituição, em especial no CBV. Nesse sentido, o meu plano foi organizado em quatro dimensões administrativa, educacional, humana e político-social], nas quais foram traçadas estratégias para nortear a execução dele”, explicou Joseane.
Segundo ela, a dimensão administrativa refere-se aos aspectos gerais da organização institucional, de desenvolvimento das condições estruturais necessárias para a concretização da proposta educativa, da gestão financeira e da administração de pessoal, considerando os princípios da administração pública e do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFRR. Essa dimensão contém 19 estratégias.
Já a dimensão educacional é organizada a partir dos seguintes eixos: ensino, pesquisa, extensão, inovação e gestão da educação. É entendida como o estudo, a concepção, o desenvolvimento e a construção do apoio ao ensino e à aprendizagem nos diferentes níveis da educação, bem como as possíveis soluções para o desenvolvimento de novas metodologias, técnicas, processos para a gestão do ensino, da pesquisa, da inovação, da extensão e da gestão, com base na tríade “educação, trabalho e cultura”. Nessa dimensão estão descritas 37 estratégias de ação.
A dimensão humana traz como premissa os princípios de valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo educacional, no compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de atendimento ao público interno e externo; na busca de autonomia e protagonismo dos indivíduos e dos coletivos; na corresponsabilidade no processo laboral, ao mesmo tempo em que se estabelecem vínculos solidários e de participação coletiva nos processos de gestão diante dos desafios enfrentados. Para essa dimensão foram traçadas nove estratégias.
Por fim, a dimensão político-social representa a base epistemológica pela via da transformação social, cujo trajeto não é único e nem linear. Embora o ponto de chegada seja a contribuição para a efetivação da justiça social e da garantia de direitos, os caminhos a serem trilhados para se atingir essa finalidade são incontáveis e diversificados, necessitando de que todos conheçam, compreendam os princípios da educação pública, da educação profissional de qualidade e a representatividade que os servidores públicos têm com a função que exercem. Nessa dimensão constam 11 estratégias de ação.
Joseane também destaca, de forma entusiasmada, os desafios para gerir o maior campus do IFRR nos próximos quatro anos. “Os desafios são enormes, como é enorme a vontade de consolidar e ampliar a representatividade do CBV no cenário educacional de Roraima e do País, consolidando o nome da instituição. Para isso, esperamos contar com o apoio e o compromisso de todos para que essas fronteiras sejam transpostas, conhecimentos sejam ampliados e desafios sejam vencidos. Que cada vez mais possamos ser expoentes, possamos nos fortalecer na formação profissional dos estudantes do nosso estado, que a inovação e a tecnologia sejam focos no fazer do ensino, da extensão e da pesquisa, pois acredito nos competentes e criativos profissionais que integram o IFRR/CBV e, sobretudo, sei da capacidade de motivar, “encantar” nossos estudantes para a inventividade, a curiosidade e o desejo de acessar o conhecimento e traçar o rumo de suas escolhas na vida”, finalizou.