EDUCAÇÃO E INCLUSÃO – Datas que marcam conquistas de direitos das pessoas com deficiência são lembradas por profissionais da área

por Virginia publicado 21/09/2020 18h55, última modificação 21/09/2020 19h13
o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Especificas (Napne) do Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV/IFRR) faz alusão a essas datas como marcos históricos para uma sociedade mais inclusiva.

Neste mês são comemoradas algumas datas importantes para a pessoa com deficiência, que marcam, principalmente, a luta pela garantia dos seus direitos na sociedade, e o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Especificas (Napne) do Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV/IFRR) faz alusão a essas datas como marcos históricos para uma sociedade mais inclusiva.

21 de setembro – O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência é comemorado nessa data. De acordo com a presidente do Napne, Aurea Luíza Azevedo de Miranda, a data marca uma história de esforços e lutas diárias por uma sociedade mais justa, inclusiva, que respeite as diferenças e que dê oportunidades de acesso a todos.

“Sabendo dessas lutas, o Campus Boa Vista, por meio do Napne, oferta diversos serviços, prestando a todos, alunos, servidores e comunidade escolar, uma educação de qualidade, que começa desde a atenção aos candidatos PCDs inscritos nos vestibulares e nos processos seletivos. No momento em que o candidato é aprovado, já estamos mapeando seus próximos passos a partir da efetivação de sua matrícula, e todas as informações das necessidades educacionais específicas de cada aluno são repassadas às coordenações para que a jornada desse estudante em nosso campus seja de vitórias. Trabalhamos na perspectiva da educação inclusiva, garantindo a acessibilidade a todos. Dessa forma, reconhecemos e valorizamos todos, unindo nossas mãos para lutar juntos pela conquista dos direitos das pessoas com deficiência”, disse Aurea Luiza.

26 de setembro – Nessa data, comemora-se o Dia Nacional dos Surdos. O CBV atende 6 alunos surdos, sendo 2 no ensino médio, 2 em cursos técnicos subsequentes e 2 no ensino superior. Para auxiliar esses estudantes, o CBV conta com cinco intérpretes de Libras. Entre alunos surdos e com outras deficiências, o campus tem 38 alunos regularmente matriculados. “Parabenizamos os nossos estudantes com deficiência auditiva e surdos pela passagem da data! É sempre bom podermos falar um pouco sobre o que representa essa data para a comunidade surda do nosso país, do nosso estado, da nossa cidade e das instituições de ensino, levando conhecimento e reflexões sobre a importância dessa data”, explicou Aurea Luiza.

Esse dia foi escolhido por ser o dia em que foi fundada a primeira escola de surdos no Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), localizado no Rio de Janeiro. Com uma história de lutas e adversidades, as pessoas surdas passaram a conquistar seu espaço na sociedade e fizeram-se vistas por meio de decretos e leis, como a Lei 10.436/2002, a Lei Federal 12.319/2010, que garantem os direitos da língua e acessibilidade. Pode-se listar ainda, entre as conquistas, a oficialização da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a obrigatoriedade de intérpretes nas salas de aulas e espaços públicos, a formação de professores, as escolas bilíngues para as crianças, entre outras.

Atualmente, o Napne do CBV oferta projetos de letramento para surdos, que preveem ensino do português como segunda língua, matemática e Libras, com o apoio de professores especialistas e intérpretes. Essa ação já é desenvolvida desde 2016 e atende estudantes internos e da comunidade externa.

Existem também outros projetos que visam à implementação das políticas de inclusão no campus e que são apoiados pelo Napne: “Coral Música Librando”, que envolve professores e estudantes; “Recreação: fortalecendo a inclusão”, desenvolvido pelos acadêmicos de Licenciatura em Educação Física e voltado à comunidade surda interna e externa; cursos de extensão básicos de Libras, além de ações que promovem a acessibilidade comunicacional nas atividades escolares, palestras, vídeos e reuniões institucionais.

“Claro que ainda há muito para se conquistar, mas já são grandes avanços que representam vitórias marcantes e visibilidade para a vida, direitos e cidadania desses brasileiros. Portanto, o reconhecimento dessas lutas é a esperança de um devir de novas conquistas, reconhecimento das individualidades e identidades do cidadão surdo. Parabenizamos todos os nossos estudantes surdos pelo engajamento e pelas conquistas”, finalizou Aurea Luiza.

 

Virginia Albuquerque
CCS/Campus Boa Vista
21/9/2020