Expo Mead – 25 projetos baseados na tecnologia social são apresentados no evento

por Virginia publicado 06/12/2018 21h34, última modificação 06/12/2018 21h34
O evento teve como objetivo apresentar trabalhos técnico-científicos e tecnológicos desenvolvidos por meio das tecnologias sociais.

Nesta quinta-feira, 6, no Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV-IFRR), ocorreu a 4.ª Mostra de Eletrônica Analógica e Digital (Expo Mead). O evento, que contou com a exposição de 25 projetos, teve como objetivo apresentar trabalhos técnico-científicos e tecnológicos desenvolvidos por meio das tecnologias sociais, com a aplicação do conhecimento adquirido nas disciplinas técnicas do curso Técnico em Eletrônica integrado ao ensino médio.

Participaram da mostra os alunos das turmas 13411, da disciplina Eletrônica Analógica, ministrada pelo professor Maurício Braga; 13421, da disciplina Eletrônica Digital, ministrada pelo professor Heitor Hermeson de Carvalho Rodrigues; e 13431, da disciplina Projetos Eletrônicos, também ministrada pelo professor Rodrigues.

Mostra – Durante o evento, os projetos foram apresentados em forma de pôsteres. Já os circuitos eletrônicos foram apresentados por meio da montagem em protoboard, placas de circuito impresso (PCI), ou da simulação em software específico. Todos os projetos, em relação às tecnologias sociais, utilizaram a aplicação direta da filosofia KISS, que tem como lema “Quanto mais simples, melhor”.

Esta é a primeira vez que alunos do primeiro ano do curso de Eletrônica participam do evento e, apesar de iniciantes, conseguiram aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula, é o que afirma o professor Maurício Braga Thomaz, um dos colaboradores do evento. “A proposta de inseri-los no evento é para que possam amadurecer os conceitos já estudados, colocando-os em prática, e assim chegar ao último ano muito mais preparados e seguros quanto à aplicação dos conhecimentos técnicos. E o mais interessante do projeto é que eles mesmos confeccionam as placas, aprimorando as habilidades necessárias para a profissão. Então, todo projeto terá o seu protótipo. Vale ressaltar que o IFRR é uma instituição de referência na área da ciência e da tecnologia e, ao desenvolvermos projetos desse tipo, agregamos ainda mais valor à formação do nosso aluno e à nossa imagem institucional”, destacou Thomaz.

Para a aluna Laís Pereira Muniz, o projeto contribuiu de forma significativa para sua formação dada a integração das disciplinas. “Esse evento contribuiu para a minha formação profissional, pois integrou conhecimentos de diversas disciplinas, como Informática, Eletrônica Analógica, Eletrônica Digital, e até mesmo conhecimentos da área de robótica. Projetos como esse proporcionam o diálogo, a troca de ideias e experiências entre as turmas iniciantes e finalistas, além de colocarmos em prática todas as nossas ideias, tornando-as realidade. Esse tipo de prática desperta nosso interesse e, quando isso ocorre, vamos em busca do conhecimento. Isso faz também com que possamos nos aproximar mais da sociedade, procurando resolver problemas que afetam todos nós”, disse.

Lucas Rosseti de Souza, da mesma equipe da Laís, explicou que o grupo desenvolveu um projeto que visa à reutilização da água descartada pelas centrais de ar do campus. “Percebemos que a água das centrais de ar aqui do campus é desperdiçada, mas poderia ser reaproveitada em diversas outras atividades, como aguar os jardins, lavar os banheiros e corredores, isso se fosse devidamente canalizada e armazenada”, explicou o estudante, acrescentando que esse conceito também pode ser levado para casa. “Esse reaproveitamento também pode ser feito em nossas casas, por exemplo, podemos reutilizar as águas das chuvas e até mesmo a água descartada pela máquina de lavar, que são ideais para lavar carro, garagens e calçadas, além de poderem ser reutilizadas para os cuidados com os jardins”, completou.

Ao avaliar o sucesso do evento, o coordenador do curso Técnico em Eletrônica e coordenador da Expo Mead, professor Rodrigues, afirma que a mostra serviu para integrar os alunos de várias turmas, agregando valor ao projeto e compartilhando conhecimentos. “Ao unirmos todos os alunos do curso num único evento, temos a oportunidade de interagir, compartilhar ideias inovadoras com foco na tecnologia social. Esse foi, portanto, um rico espaço de integração, saindo do tradicional, que é a sala de aula e o laboratório, para um ambiente ao ar livre, aproximando os alunos da comunidade acadêmica”, ressaltou.

 

Virginia Albuquerque
CCS/Campus Boa Vista
6/12/18