FORINT – Gestores destacam o desafio de realizar eventos científicos no contexto da pandemia

por Virginia publicado 01/12/2021 13h30, última modificação 01/12/2021 13h38
Organizado pelo Campus Boa Vista (CBV), o Forint segue de maneira on-line, em diversas salas temáticas, até à próxima sexta-feira, 3.

Durante a solenidade de abertura oficial do 9.° Fórum de Integração: Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação Tecnológica do IFRR (Forint), ocorrida na noite desta segunda-feira, 29, no auditório do Centro Amazônico de Fronteiras (CAF/UFRR), os gestores presentes destacaram os desafios para realizar eventos científicos dessa magnitude no contexto da pandemia.

Organizado pelo Campus Boa Vista (CBV), o Forint segue de maneira on-line, em diversas salas temáticas, até a próxima sexta-feira, 3.

A diretora-geral do CBV, professora Joseane Cortez, ressaltou o significado do fórum como um marco científico neste momento de retomada gradual das atividades. “Este evento, que tem como propósito apresentar à sociedade acadêmica e à sociedade como um todo o que o IFRR tem construído no que se refere a ensino, pesquisa, extensão e inovação, em especial o processo de ressignificação em tempos de calamidade, sem dúvida representa, significativamente, a crença em dias melhores e o entendimento de que o conhecimento representa as possibilidades de escolhas e caminhos para um efetivo protagonismo”, disse.

Já o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica do IFRR, professor Romildo Nicolau Alves, no exercício do cargo de reitor, falou sobre o desafio de realizar o Forint de maneira híbrida. “Apesar de o evento estar ocorrendo de maneira híbrida, o formato não tira o seu brilho, pois ele representa um rico momento de troca de experiências e conhecimentos. O Forint é sempre um evento muito bem planejado pelas subcomissões e, desta vez, sediado pelo Campus Boa Vista, traz, na vasta programação, momentos únicos de socialização daquilo que produzimos de melhor no campo do ensino, da pesquisa e da extensão. Então, convidamos toda a comunidade acadêmica para participar e aproveitar o evento”, declarou.

Conferência – A conferência de abertura foi mediada pelo professor Bernard, que propôs uma reflexão acerca das desigualdades sociais que impactaram de forma significativa a educação e que foram agravadas com a pandemia, a exemplo da exclusão digital. De acordo com ele, somente políticas públicas efetivas, assim como a própria ação política, poderão diminuir o abismo existente entre os estudantes das diversas escolas públicas do País.

O primeiro conferencista da noite, professor Ananias Noronha Filho (IFRR), abordou as políticas públicas como ação de livre escolha dos governantes, destacando a política de educação como uma das necessidades mais urgentes do momento, num contexto de mudanças e adaptações, no qual os profissionais precisam reaprender o fazer educacional, considerando as especificidades e as diversidades da comunidade acadêmica.

O segundo conferencista, professor Ruy Guilherme Souza (UFRR), propôs uma autorreflexão aos professores, com vistas a repensar a função docente diante dos impactos da pandemia. Para o conferencista, a relação professor-aluno, no pós-isolamento social, nunca mais será a mesma por causa das mudanças trazidas pela crise mundial de saúde. Ele destacou, entre essas mudanças, os novos modelos educacionais, como o ensino híbrido, que propicia o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo do aluno.

Momento cultural – As apresentações culturais foram marcadas pelo talento dos alunos e dos egressos, como a do grupo de dança de acadêmicos de Licenciatura em Educação Física, formado por Maria Eduarda Oliveira e Bathuel Cardoso. Nesse número de dança, os estudantes apresentaram um repertório coreográfico com mistura de estilos, como balé clássico e contemporâneo, jazz e danças populares, resultantes da vivência deles, com destaque para o mix da música “Roraimeira”, do cantor e compositor Zeca Preto. Encerram a apresentação com a performance em duo da música “Adão”, de autoria da Banda de Um. A coreografia foi assinada pelos próprios estudantes.

Outra belíssima apresentação foi a execução do Hino Nacional Brasileiro pelo professor Leandro Brito, interpretado pela aluna do curso Técnico em Eletrônica Ana Beatriz de Souza Amorim.

Para encerrar a solenidade, o egresso da antiga Escola Técnica Federal de Roraima (ETFRR) Dennis Martins, mais conhecido como o príncipe da toada, fez um show de toada amazônica no extremo norte do Brasil. Representando o boi-bumbá de Parintins, o artista e seu bailado destacaram a resiliência indígena, contos e lendas da selva, da cultura milenar indígena, com letras exaltando o verde, o índio e o caboclo. Dennis, em homenagem ao Município de Pacaraima, também apresentou a toada “Matawí Kukenan – Lenda do Kanaimé”, da tribo indígena macuxi. Além disso, apresentou a toada “Sensibilidade”, que mostra a poesia do imaginário caboclo e o amor pela música.

 

Virginia Albuquerque
CCS/Campus Boa Vista
1/12/21