Projeto de extensão alfabetizará 23 reeducandos da Cadeia Pública
Terá início, nesta quinta-feira, dia 1.º, o curso de extensão Compreendendo o Mundo através das Letras, fruto de parceria entre a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc/RR) e o Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV/IFRR), cujo objetivo é alfabetizar 23 reeducandos da Cadeia Pública de Boa Vista.
O curso será coordenado pela pedagoga Maria Elisângela Lima dos Santos e terá duração de quatro meses. Vai, inicialmente, formar seis multiplicadores, entre os reeducandos que têm Licenciatura em Pedagogia, para atuarem como alfabetizadores. “A execução desse curso vai muito além do desenvolvimento das atividades de alfabetização, pois proporcionará também o desenvolvimento da socialização do indivíduo, uma vez que possibilitará a compreensão das regras básicas para viver em sociedade”, disse Elisângela.
Parceria – A proposta do curso de extensão surgiu após um levantamento realizado entre os reeducandos da Cadeia Pública, que constatou que 23 deles não são alfabetizados. Com foco na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o curso tem como objetivo alfabetizar os reeducandos do sistema prisional que, por algum motivo, não tiveram acesso à educação formal.
Para a coordenadora de Projetos e Programas de Extensão do CBV, Luciane Wottrich, o campus sempre busca promover a integração de pessoas de diversos segmentos. “Nossa unidade promove essa integração com excelência por meio de ações que possibilitam a transformação do contexto em que os indivíduos estão inseridos, propiciando a inclusão social. Essas articulações criam oportunidades para concretizar ferramentas transformadoras por meio da educação, tão importante para a formação integral do cidadão”, afirmou.
O curso – As aulas ocorrerão no turno da noite, das 19h às 21h. Os conteúdos serão divididos por unidades, e cada alfabetizador ficará responsável por uma, além de ter o acompanhamento pedagógico por meio de encontros virtuais semanais para avaliação e replanejamento das ações didático-pedagógicas, quando observada a necessidade de intervenção pedagógica.
Os alfabetizadores desenvolverão, em suas aulas, atividades que aproximem teoria e prática, facilitando, assim, o processo de aprendizagem dos reeducandos. Também receberão uma apostila de apoio ao desenvolvimento de sua prática em sala de aula. Já os cursistas receberão um caderno de atividades que serão realizadas sob o acompanhamento do alfabetizador.