VISITA TÉCNICA – Acadêmicos dos cursos Tecnologia em Saneamento Ambiental e Licenciatura em Ciências Biológicas participam de atividade prática na Serra do Tepequém

Nos dias 26 a 28 de maio, os acadêmicos do 3.º módulo do curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental e do 1.° e do 8.º módulos de Licenciatura em Ciências Biológicas do Campus Boa Vista (CBV) do IFRR participaram de visita técnica à Serra do Tepequém, no Município do Amajari.

O objetivo da ação foi realizar o reconhecimento de afloramentos, estruturas geológicas e feições geomorfológicas, bem como identificar os impactos ambientais decorrentes das ações de ocupação humana na região.

Caracterizada como prática interdisciplinar, a atividade contemplou a aplicação dos componentes curriculares Geologia Ambiental, Ecologia, Educação Ambiental, Química Ambiental, Química Geral, Química Sanitária e Laboratório de Saneamento I.

A comitiva do IFRR foi acompanhada pelo técnico administrativo e discente do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) Marcos Ferreira Sá, que fez os registros fotográficos e coletou dados para a elaboração de sua dissertação de mestrado.

Segundo a coordenadora do curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental e professora de Química Ambiental, professora Cintiara Maia, o intuito da visita foi propiciar o contato direto dos estudantes com os recursos naturais, visualizando na prática as teorias estudadas em sala de aula, por meio de uma aprendizagem motivadora e contextualizada da dinâmica ambiental-socioeconômica do espaço geográfico visitado. “Verificar, fora da sala de aula, os impactos ambientais causados pela ação antrópica, bem como integrar os conhecimentos construídos em sala de aula nas diversas áreas do saber, foi a intenção dessa atividade”, disse.

Para o professor Daniel Rodrigues, esse tipo de visita é de suma importância para que os alunos verifiquem in loco os conceitos trabalhados em sala de aula. “A observação da morfologia e da geomorfologia da Serra do Tepequém permite o entendimento da história e da geografia de Roraima e leva o futuro profissional a refletir sobre o impacto do garimpo no ecossistema, visualizar os impactos ambientais causados pela ação antrópica na paisagem, bem como observar os processos erosivos causados pela retirada da vegetação”, explicou o docente.

De acordo com o professor Willams Lopes, promover a integração de alunos entre diferentes componentes curriculares, bem como a integração de alunos de diferentes cursos, tem um significativo impacto para a formação integral dos estudantes. “A visita técnica foi observada como uma ação de amplo impacto no desenvolvimento cognitivo e social, sendo essa uma atividade que possibilitou aos alunos a percepção da interdisciplinaridade dos aspectos profissionais e sociais relacionados aos conteúdos abordados, durante a atividade de campo, e os componentes curriculares envolvidos, bem como a observação do meio biótico e abiótico, do relevo e do ecossistema”, esclareceu Lopes.

Na opinião da acadêmica do curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental Évila Pereira, a visita permitiu ampliar os conhecimentos aprendidos em sala de aula e possibilitou a análise da estratigrafia, geomorfologia e ainda dos corpos hídricos presentes na Serra do Tepequém. “A possibilidade de aplicar o conhecimento em um ambiente real proporcionou uma visão mais ampla dos processos geológicos e ambientais, reforçando a importância da interação entre teoria e prática”, disse.

Durante a expedição, a professora Cristiane Pereira orientou os alunos de ambos os cursos a realizar a coleta e a análise físico-química da água.

A acadêmica do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas Helôdy Serra relatou que a atividade prática atendeu às suas expectativas em relação ao curso e à instituição. “Durante esses meses no meu curso, eu sempre coloquei na minha cabeça a meta de aceitar todas as oportunidades que o IF tem a me oferecer, e essa viagem significou muito tanto para o meu conhecimento quanto para minha convivência com os colegas e os professores. Conhecer o Tepequém não foi uma simples visitação. Foi emocionante e empolgante! Eu não via a hora de chegar o momento de estudar mais geologia. As pessoas que conhecemos durante o caminho me fizeram enxergar um futuro incrível para os biólogos. Cada pedaço de chão foi duro de percorrer, mas eu faria tudo de novo com um sorriso no rosto”, contou.